“No dia em que conheci o Homem por detrás da Paladin, e de outros molhos e produtos deveras inovadores, nem eu sabia o mundo deslumbrante que tinha pela frente.

O Fundador e CEO da Casa Mendes Gonçalves partilhou comigo uma ideia. Mas não era apenas uma ideia: era um sonho tecido com raízes na terra, na educação, na nutrição, no futuro. Um sonho que se materializaria na Fundação Mendes Gonçalves. E eu, que me tinha por mulher experiente após quatro décadas de vida profissional intensamente vivida entre a gestão, a comunicação, o marketing e a cidadania, em Portugal e além-fronteiras, não consegui ficar indiferente. O Carlos Mendes Gonçalves tinha uma história demasiado boa para me passar ao lado. Onde andava eu, afinal, para não perceber o que se passava diante dos meus olhos?

Ao longo dessas décadas de experiência profissional, fui aprendendo que a liderança que deixa marca é aquela que escolhe cuidar. Cuidar das pessoas, cuidar da verdade e, acima de tudo, cuidar do legado que deixamos aos outros. Não se trata de uma liderança obcecada com o curto prazo ou com indicadores de desempenho, mas de uma liderança assente na origem, nos valores e na esperança no futuro.

Esta Fundação, enraizada na Golegã, tão próxima das minhas origens, faz hoje parte de um movimento silencioso, mas firme: o de uma liderança que escolhe ser mais do que apenas relevante nos mercados — escolhe ser relevante para as pessoas, para o planeta, para o amanhã. A força com que me foi apresentada esta visão, tão alinhada com os valores que sempre defendi, tocou-me de forma inesperada.

“Nutrir Futuros para Regenerar Legados” não é apenas um lema. É um compromisso. Um caminho que se faz investindo na educação com propósito, numa alimentação consciente e numa agricultura regenerativa que cuida da terra como quem cuida de uma criança: com paciência, com esperança, com amor. Tudo aquilo a que se propõe a Fundação Mendes Gonçalves.

O que distingue esta liderança empresarial? É recusar-se a ficar apenas pelos bons resultados económicos. É entender que o verdadeiro impacto está na forma como tocamos vidas, no modo como inspiramos outras organizações, na coragem de mostrar que se pode ser competitivo sem deixar de ser compassivo. É reconhecer que os melhores resultados nascem quando há coerência entre o que se diz e o que se faz.

A Fundação Mendes Gonçalves quer ser ponte. Entre gerações, entre sectores, entre territórios esquecidos e oportunidades por nascer. Quer ser catalisadora de novos modelos de desenvolvimento onde a equidade não é um ideal distante, mas uma prática diária.

Estamos a viver tempos exigentes e há um país inteiro a precisar de novas referências. Precisamos de lideranças que saibam escutar, que valorizem a experiência dos mais velhos e a energia dos mais novos. Precisamos de líderes que compreendam que a sustentabilidade — no seu sentido mais pleno — não se atinge se não cuidarmos, primeiro, das pessoas e das comunidades.

Ao longo de uma reforma muito ativa, tenho procurado colocar ao serviço das organizações sociais a experiência e a voz que ganhei numa longa carreira. Hoje, ao lado deste projeto, sinto-me novamente desafiada, tocada e mobilizada. Porque acredito que há um país inteiro à espera de novos referenciais de liderança — lideranças que cuidem, que inspirem, que deixem marcas que valham mais do que lucros.

Cada vez mais, acredito que o verdadeiro impacto de uma organização – e de um líder – se mede pela forma como toca vidas e inspira outras. Sobretudo, como prepara o caminho para as que vêm depois. É possível exercer a liderança empresarial como um ato de cidadania ativa, e o que verdadeiramente transforma são os exemplos. São as empresas que recusam a dicotomia entre competitividade e compaixão. São os líderes que ousam falar de futuro com esperança e de forma consequente.

Muito obrigada, Carlos Mendes Gonçalves. Não deixe nunca de despertar consciências e de partilhar sonhos. Porque é essa sua capacidade de liderança, associada a uma visão ímpar e ao seu extraordinário dom da humildade, a par do legado que a Fundação Mendes Gonçalves promete deixar, que servem de motor ao desenvolvimento que urge operar no nosso país – e no mundo.”

 

Por Conceição Zagalo, Presidente do Conselho Executivo da Fundação Mendes Gonçalves